quarta-feira, 8 de julho de 2015

Durante o desenvolvimento do cubismo há duas principais etapas, são elas:
  1. Cubismo Analítico: caracterizado pela decomposição das figuras e formas em diversas partes geométricas, é o cubismo em sua forma mais pura e de mais difícil interpretação.
  2. Cubismo Sintético: é a livre reconstituição da imagem do objeto decomposto, assim, este objeto não é desmontado em várias partes, mas sua fisionomia essencial é resumida. Algo muito importante nesta etapa é a introdução da técnica de colagem, que introduz no quadro elementos da vida cotidiana (telas, papéis e objetos variados), o primeiro a praticar esta técnica foi Braque.
Os principais pintores cubistas foram o espanhol Pablo Ruiz Picasso (1881-1973), que criou obras como Guernica, Retrato de Ambroise Vollard e Natureza Morta, George Braque (1882-1963), Juan Gris (1887-1927) e Fernad Leger (1881-1955).
O Barroco, originário da Itália, difundiu-se pela França, Espanha, Portugal, Inglaterra e acabou sendo adotado em todos os países ocidentais. O estilo dominou a arquitetura, a pintura, a escultura, a literatura, a música e por extensão, toda a cultura desse período, incluindo os costumes, valores e relações sociais da época.
O Barroco representava uma oposição ao Renascimento, cujas formas primavam pela harmonia e simplicidade. Nascido de uma livre interpretação das formas clássicas do Renascimento caracterizou-se pelo requinte, rebuscamento, grandiosidade e pelo exagero dos adornos. Era tal a abundância de detalhes decorativos nas superfícies, que davam muitas vezes a impressão de terem sido esculpidas.
O Barroco se expandiu na arte eclesiástica, que desejava propagar a fé católica. Em nenhuma época se construiu tantas capelas e igrejas monumentais. A arte barroca surgiu também na construção de palácios, com o objetivo de causar admiração e poder.
Durante o século XVIII, esse pomposo estilo arquitetônico sofreu várias adaptações. Uma delas foi o estilo rococó na França, assim chamado devido aos ornatos de um capitel de coluna em forma de espiral e desenhos de conchas frequentemente empregadas.

Barroco na literatura

Na literatura, o barroco consistia em uma corrente literária marcada pela virtuosidade da linguagem, refinamento e sutilieza das palavras. É marcada por uma sintaxe muito elaborada, com jogos de palavras e utilização habitual do hipérbato.
Um dos sentimentos mais abordados é a desilusão, sendo que o poeta barroco procura descrever os estados de alma através de jogos estéticos.

Barroco no Brasil

O Barroco só surgiu no Brasil no século XVIII, com a descoberta das minas de ouro e diamantes e o rápido enriquecimento da algumas camadas da população.
O Barroco foi a primeira expressão artística, contando com o apoio de protetores das artes, que eram as confrarias, paróquias e agremiações religiosas.
Na capitania de Minas Gerais, com a descoberta das mais ricas jazidas de ouro e diamantes, e no Nordeste, que nessa época era ainda a região mais rica do Brasil, com a fortuna acumulada a partir da cana-de-açúcar, foram construídos os mais belos templos dentro de estilo barroco.

Barroco e arcadismo

Enquanto o barroco é caracterizado por um elevado nível de complexidade, o arcadismo é o oposto, sendo definido por uma simplicidade e pela valorização das coisas simples do cotidiano.
O arcadismo teve como objetivo reavivar o ideal clássico, obtendo harmonia e um equilíbrio formal.
Biografia, obras e estílo artístico
 
O artista espanhol Pablo Picasso (25/10/1881-8/4/1973) destacou-se em diversas áreas das artes plásticas: pintura, escultura, artes gráficas e cerâmica. Picasso é considerado um dos mais importantes artistas plásticos do século XX.
 
 Nasceu na cidade espanhola de Málaga. Fez seus estudos na cidade de Barcelona, porém trabalhou, principalmente na França. Seu talento para o desenho e artes plásticas foi observado desde sua infância.
 
Suas obras podem ser divididas em várias fases, de acordo com a valorização de certas cores. A fase Azul (1901-1904) foi o período onde predominou os tons de azul. Nesta fase, o artista dá uma atenção toda especial aos elementos marginalizados pela sociedade. Na Fase Rosa (1905-1907), predomina as cores rosa e vermelho, e suas obras ganham uma conotação lírica. Recebe influência do artista Cézanne e desenvolve o estilo artístico conhecido como cubismo. O marco inicial deste período é a obra Les Demoiselles d'Avignon (1907) , cuja característica principal é a decomposição da realidade humana.
 
 Em 1937, no auge da Guerra Civil Espanhola ( 1936-1939), pinta seu mural mais conhecido: Guernica. Esta obra já pertence ao expressionismo e mostra a violência e o massacre sofridos pela população da cidade de Guernica.
 
 Na década de 1940, volta ao passado e pinta diversos quadros retomando as temáticas do início de sua carreira. Neste período, passa a dedicar-se a outras áreas das artes plásticas: escultura, gravação e cerâmica. Já na década de 1960, começa a pintar obras de artes de outros artistas famosos: O Almoço Sobre a Relva de Manet e As Meninas do artista plástico Velázquez, são exemplos deste período.
 
Já com 87 anos, Picasso realiza diversas gravuras, retomando momentos da juventude. Nesta última fase de sua vida, aborda as seguintes temáticas: a alegria do circo, o teatro, as tradicionais touradas e muitas passagens marcadas pelo erotismo. Morreu em 1973 numa região perto de Cannes, na França.
 
Principais obras de Picasso:
 
- Auto-retrato
- Absinto (Rapariga no café)
- A morte de Casagemas
- Evocação - O funeral de Casagemas
- Velho guitarrista cego
- Miseráveis diante do mar
- A Vida
- Mulher passando a ferro
- "Les Demoiselles d'Avignon"
- Retrato de Suzanne Bloch
- O ator
- Auto-retrato com capa
- Garçon à la pipe (Rapaz com cachimbo)
- Fernanda com um lenço preto
- Vasilhas
- Mulher com leque
- Jovem nu (Jovem rapaz com braços levantados)
- Banho
- Les femmes d'Alger (Mulheres de Argel)
- Três Mulheres
- Composição com crânio
- Garrafa, jarra e frutas
- Mulher loira
- Minotauro, bebedor e mulheres
- Guernica
- Vaso sobre a mesa
- O tomateiro
- Mulher sentada num cadeirão
- Arlequim com baton
- Busto de mulher
- Lagosta e gato
- Nude, Green Leaves and Bust

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Atualidades





11/12/2014 08h00 - Atualizado em 11/12/2014 08h00

Skate nas Olimpíadas? Elite se divide sobre  

 inclusão do esporte nos Jogos

Discussão renasce a cada edição dos Jogos que se aproxima. Boa parte dos profissionais vê entrada do skate como importante para levar esporte aos leigos



A cada edição dos Jogos Olímpicos que se aproxima renasce entre os fãs do skate a discussão sobre a inclusão da modalidade no torneio. Rúgbi, golfe, paracanoagem e paratriatlo estream no Rio de Janeiro, em 2016. Por isso, os entusiastas têm esperança para as Olimpíadas de Tóquio, em 2020, ou até mesmo para 2024, ainda sem sede definida. E, apesar de o Comitê Olímpico Internacional ainda não ter reconhecido a Federação Internacional do Skate (ISF), isso deve ocorrer em breve, e o sonho parece, pela primeira vez, mais palpável. A elite do skate tem opiniões distintas sobre o fato.

Muitos atletas têm receio em relação a como seriam pontuação, sistema de julgamento, formato do torneio, entre outras questões importantes. Os skatistas que competem no street, por exemplo, têm medo de que, desse modo, se perca a questão da "essência" do skate, que "não tem leis" e vem "da rua".  Por outro lado, alguns pensam que pode ser importante para levar o esporte aos leigos. Tetracampeão dos X Games (fora as três medalhas de prata e uma de bronze), vencedor de duas etapas da Street League Skateboarding, dono da própria marca, a Primitive, e de um contrato com a Nike que o deu uma famosa linha de tênis, o americano Paul Rodriguez Jr. se mostrou indiferente e até fez piada com relação ao exame antidoping.

- Eu estou no meio. Não me importo. Se for às Olimpíadas, acho que será muito bom para o skate, mas, se não for, o skate continuará sendo a melhor coisa do mundo, continuará crescendo. O skate não precisa das Olimpíadas, mas, se formos, será legal. Skatistas não usam medicamentos ou substâncias para melhorar sua performance, por exemplo, mas há muitos que seriam pegos no antidoping, algumas coisas apareceriam. Isso é algo do skate. Skatistas não usamESTEROIDES, mas usam a parte legal da coisa, a parte recreativa (risos) - brincou.
Leticia Bufoni, skatista brasileira tricampeã dos X Games (Foto: Reprodução / Instagram)Leticia Bufoni esteve na demonstração em Nanquim, nos Jogos da Juventude (Foto: Reprodução / Instagram)


Um dos principais motivos para crer que o skate será incluído nos Jogos de Tóquio, em 2020, ou em edições futuras, como 2024, é que o atual diretor esportivo da entidade máxima do esporte olímpico vê a ideia com bons olhos. Além de seu filho ser praticante da modalidade, Christophe Dubi quer atrair ao máximo o interesse dos jovens aos Jogos e incluir o skate parece um bom modo. Foi com esse pensamento que, em 2011, o COI incluiu modalidades como esqui e snowboard slopestyle no programa das Olimpíadas de Inverno de Sochi, disputadas em 2014. Nessa semana, durante um evento em Mônaco onde diversos novos itens foram aprovados para os torneios futuros, ficou definido que pode haver maior flexibilidade com relação à adição de eventos e modalidades nos programas, trazendo a oportunidade para esportes mais jovens, como o skate, a escalada e o patins inline. O fato foi comentado por Barry Maister, representante da Nova Zelândia no COI, ao jornal "The New Zealand Herald".
Vamos nos posicionar acerca desses esportes. Definitivamente, vamos ver mudanças no programa olímpico. 
Barry Maister,
do COI
 - Vamos nos posicionar acerca desses esportes. Definitivamente, vamos ver mudanças no programa olímpico. Haverá uma revisão após cada edição dos Jogos, e a oportunidade de incluir novas modalidades. 
A modalidade apareceu como demonstração pela primeira vez nos Jogos da Juventude, também nesse ano, em Nanquim, na China, com a participação de vários atletas, entre eles, os brasileiros Leticia Bufoni e Kelvin Hoefler, da categoria street, e Marcelo Bastos e Karen Jonz, do vertical. E foi um sucesso.

- Seria complicado, porque não sei como seria o julgamento. Fiz parte da apresentação na China, com duas performances por dia durante quase duas semanas. Conheci os diretores do COI e, pelo que ouvi, talvez o skate entre em 2020. Acho que seria legal, só que seria estranho competir com meus amigos, eu defendendo o Brasil, eles, Estados Unidos. Mas imagina estar nas Olimpíadas defendendo meu país? Seria enorme em termos de reconhecimento. Skate é um estilo de vida, na real, mas ser atleta olímpico não é para qualquer um. Tive um gostinho em Nanquim e, se um dia o skate entrar, ficarei feliz porque estava na China fazendo apresentação. Foi um convite de peso. Quem é leigo, me olhou como uma referência. Mesmo se eu não competir, terei isso na memória, estarei satisfeita por ter feito parte de todo esse começo - comentou Leticia, que é tricampeã dos X Games, além de número 1 entre as mulheres no street, e mora atualmente na Califórnia.
Rony Gomes quer a bonança no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)Rony Gomes, do vertical, concorda com inclusão, mas com mesmos critérios (Foto: Divulgação)
Outro brasileiro bastante conhecido no mundo do skate é o paulista Rony Gomes. Sua opinião é parecida com a de Leticia. Em 2013, ele participou de todas as etapas dos X Games e foi declarado o melhor o mundo entre os homens em sua categoria, o vertical, mesma de Bob Burnquist. Para o esportista, é preciso manter o sistema de julgamentos de sua categoria, que avalia manobra a manobra. Além disso, ele crê que pode estar nos Jogos de Tóquio, em 2020, ou até mesmo em 2024.
- Pode dar uma visibilidade boa para o skate. Mas eu acho, que para ser legal, o skate tem que entrar nos Jogos do jeito que ele é hoje. Se tiver que mudar os critérios, vai acabar mudando o skate e o mercado do esporte. Os juízes tem que julgar manobra por manobra. Os skate vem sendo estudado há alguns anos, não chegamos à perfeição, mas acho que tem que seguir esses critérios. No vertical, o auge do skatista costuma ser dos 20 aos 30 anos, com casos de skatistas com mais de 30 continuarem andando muito. Se eu tiver oportunidade, quero estar lá sim e ser um dos representantes do Brasil, quem sabe até em mais de uma Olímpiada.
Mosaico Karen Jonz, Skatista (Foto: Editoria de arte)Karen Jonz na demonstração dos Jogos Olímpicos da Juventude (Foto: Editoria de arte)
A opinião de Karen Jonz, de 30 anos, é parecida com a dos compatriotas. Ela diz ter se impressionado com o que viu na China: o interesse do povo de Nanquim pelo skate, a curiosidade, principalmente, de ver meninas andando, e, claro, a organização, mesmo sendo apenas uma demonstração nos Jogos Olímpicos da Juventude. Primeira campeã mundial do Brasil no skate (em 2006, terminou o ranking da WCS no topo e ainda foi mais duas vezes campeã mundial, em 2008 e 2013, na categoria vertical), a skatista lembrou que as garotas já estão praticando com o pensamento de disputar as Olimpíadas.
- Eu já vejo muita movimentação das meninas. Sou a favor. Eu acho que vai ter que rolar uma parada como em outros esportes, a categoria olímpica e a "lifestyle", a raíz, que vai ser preservada. Acho que o esporte já está mudado. Quem é contra, é contra por causa disso, porque vai perder a essência, mas o que tinha que ser perdido já se perdeu. Acho que Olimpíadas é uma coisa muito grande e deve ser muito massa participar. Vou estar bem mais velha, mas, com certeza, quero participar. O principal é que vai ter uma exposição a qual nunca fomos submetidos. Tem campeonato que ninguém nem fica sabendo. É curioso e fico imaginando como vai ser - opinou.
A discussão sobre a inclusão do skate nos Jogos ganhou força quando a lenda Tony Hawk, dos Estados Unidos, disse ao apresentador Larry King em março deste ano que a inclusão das quatro rodinhas traria aos Jogos a juventude que eles precisam. 
Tony Hawk skate sandro dias (Foto: Divulgação/Pablo Vaz)Tony Hawk puxou a discussão
(Foto: Divulgação/Pablo Vaz)
- Se você levar em conta o sucesso do snowboard nos Jogos de Inverno e como isso trouxe uma certa juventude a mais às Olimpíadas em geral, eles não têm isso nos Jogos de Verão. Eles não têm nada que dê uma cara mais jovem. Para ser honesto, penso que eles precisam mais do skate do que o skate precisa deles. A popularidade do skate é sólida na maioria dos países. Não sei se é definitivo ou não, mas é muito provável que o skate esteja em Tóquio, em 2020 - comentou Hawk na época.
O lendário skatista faz parte da EUA Skateboarding, um braço nacional da ISF, encabeçado por Gary Ream, que é amigo de Dubi, do COI. Ele, inclusive, parece ainda mais esperançoso que Hawk em relação à inclusão da modalidade nos Jogos.

- As crianças não estão assistindo aos Jogos Olímpicos. Precisamos mudar isso - relatou ao "Los Angeles Times".

O próprio Thomas Bach já afirmou ao periódico "Los Angeles Times" que seria a favor de ajustes caso o COI, as federações internacionais e o comitê organizador concordassem, mesclando "tradição e progresso". Alguns profissionais de fora do Brasil são a favor da inclusão.
- Por que não? Nos Jogos Olímpicos? Ponham nas Olimpíadas. Seria demais. Eu defenderia os EUA - opinou Theotis Beasley, skatista descoberto pela lenda Andrew Reynolds e um dos astros do memorável vídeo "Baker 3", eleito o melhor de 2005 no tradicional prêmio "Transworld Skateboarding".
Theotis Beasley skate  (Foto: Reprodução / Facebook)Theotis Beasley se mostrou a favor
(Foto: Reprodução / Facebook)
- Seria bem louco, bem louco mesmo. Eu estaria dentro, eu acho. Depende das regras, né? Do que vier com estar nas Olimpíadas, mas eu acho que seria legal. Vai, Estados Unidos! Eu acho que o Brasil se daria muito bem no skate nos Jogos Olímpicos - completou o compatriota de Beasley, Ishod Wair, membro do time global de skatistas da marca americana Nike.

Mas, ao que parece, há quem seja radicalmente contrário à inclusão nos Jogos Olímpicos. Nascido na Bélgica, mas filho de pai marroquino, Youness Amrani, que foi eleito o melhor skatista europeu de 2014 pelo site especializado "Kingpin", é um deles.

- Não acho que tenha que ir para as Olimpíadas. Não tem nada a ver. Eu não acho que o skate seja um esporte. Eu ando de skate pelo skate, eu ando de skate para mim, até para impressionar minha mãe e meus irmãos - garantiu, refletindo a opinião de muitos praticantes, que consideram o skate apenas um "estilo de vida".
Youness Amrani faz performance na Cidade do México (Foto: Reprodução/Instagram)Youness Amrani é contra a inclusão nas Olimpíadas (Foto: Reprodução/Instagram)


Alguns outros profissionais do street, como o australiano Shane O'Neill e o noruguês Karsten Kepplan, veem dois lados na inclusão da modalidade.

- Dependendo de como isso for feito, pode ser interessante, mas eu não sei. Sinto que pode ser melhor só para a Mega Rampa ou para o vertical. Talvez seja curioso ver os países competindo um contra o outro. No skate, normalmente, você não vê isso. Cada um é cada um. Você pode ser da Austrália, do Brasil ou de Los Angeles, mas isso não importa. Pode ser divertido, mas não me interessa - relatou Shane.

- Eu não penso em competir nas Olimpíadas, mas eu não sei, talvez seja bom para o skate em si, terá mais atenção. É difícil dar uma opinião sobre isso. Pensando bem, o estilo de vida e a essência do skate nunca se perdem, mesmo em torneios. Sempre haverá isso nesse esporte, mas tem que se pensar bem - afirmou Karsten.
Encerramento Olimpiada de Atlanta Skate (Foto: Reprodução)Encerramento das Olimpíadas de Atlanta, em 1996, com pistas de skate (Foto: Reprodução)

Além da demonstração nos Jogos Olímpicos da Juventude, o skate já deu o ar de sua graça em outra edição das Olimpíadas. Mas foi apenas uma palhinha. Aconteceu durante o encerramento de Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996. As quatro rodinhas se juntaram a bicicletas e patins inline e fizeram uma performance. Quatro rampas em forma de X, como alusão aos X Games, que estavam em seu segundo ano, além de uma pista de half pipe vertical, foram montadas rapidamente. Na realidade, tudo ficou a cargo de organizadores dos X Games, como forma de divulgação
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Atualidades

Funk Ostentação: A melodia do consumo?

O movimento que teve origem na periferia passa a simbolizar aspectos que estão bem longe dela
uando caminhamos pela Rua Oscar Freire mal percebemos a quantidade de marcas que desfilam em seus “modelos” por nossa visão e dizemos – é normal, oras. A questão que nos gera discussão é: como que esse garoto da periferia tem o mesmo tênis que eu? É inegável e até infantil ignorar que vivemos uma perfeita cultura de consumo em que o próprio consumo é o eixo central de todas as interações sociais e, sendo assim, ele acaba se tornando um eixo central de um movimento artístico e cultural que antes era fundamentado na originalidade.
O funk tem sua origem no morro, na periferia, na comunidade, e representa esse lugar, tornou-se, até, patrimônio cultural do Rio de Janeiro. Aborda, na linguagem do local, o estilo de vida, a dificuldade, a exclusão social e a violência que assombra essas regiões. Ele tem, portanto, um caráter de ser crítico, de ser uma via de manifesto de opinião, mas peca ao representar uma realidade tão distante da vivida por tantos. Um movimento que representava o coletivo em suas melodias, começa a representar o único, o individual.
MC Guime, a estrela do Funk Ostentação.
MC Guime, a estrela do Funk Ostentação. Imagem: chiveta.com
“Contando os plaque de 100, dentro de um Citroën”
O funk ostentação ganhou público com suas letras e exaltação à marcas e produtos de alto valor mercantil e passou até ditar moda: a moda do ostentar. Quanto mais marca você carregar consigo, mais está exibindo o “seu” valor, o que importa é o brilho do ouro em seus braços e pescoços, o fundamental é deixar bem visível o símbolo do tênis e do boné aba reta que veio ali dos EUA.
MC Guime, um dos expoentes dessa nova forma de fazer o funk tem origem humilde, chegou a trabalhar em uma quitanda durante a adolescência e hoje fatura de 25 a 30 mil reais em cada noite e 500 mil por mês. E é essa origem que liga todos esses funkeiros. A origem humilde, a origem no morro é como se fosse uma pré-disposição para tornar-se um funkeiro à la ostentação de sucesso. O próprio MC Guime faz questão de exibir a todos – e principalmente em seus shows – todo o luxo circundante em sua vida: seus carros, motos, roupas de grife e ouro, muito ouro. Mas e a origem?
Em entrevista, a Profa. Dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda, do departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, faz uma reflexão ao dizer que é como se essa origem humilde só lhes servisse (aos funkeiros) para entrar no mercado e vender, como se isso os tornasse algo diferenciado no mercado.
De acordo com a Profa., os objetos de ostentação significam socialmente e ter aquele que parece o mais caro, o mais valorizado no momento, fala mais de você e de sua posição. É um verdadeiro conflito entre o ter e o ser. O problema dessa esfera de consumo que passa a sediar os prazeres humanos faz com que se desenvolva uma identificação perversa entre consumo e posição social. É quase que contraditório ver tantos MCs que hoje apenas esbanjam e vivem uma cultura de exibicionismo de seus objetos materiais –  passam a ser veículos midiáticos.
Por outro lado, há também, em sua maior parte os próprios MCs, que o funk ostentação é uma forma crítica de mostrar que quem nunca teve direito ao consumo, dado a uma clara exclusão social e econômica observada no Brasil, pode sim consumir, assim como as madames da Oscar Freire e Cidade Jardim. Seria uma forma de mostrar à comunidade que todos podem consumir e podem fazer parte desse mundo que talvez ainda nem saibamos qual é, mas já que é importante consumir: ai vamos nós!
O sonho do exibicionismo próprio
Analisando o público abundante do funk ostentação, encontramos em suma pré-adolescentes e adolescentes, que vêem nos MCs um estilo a ser seguido. Para a Profa. Maria Arminda, um adolescente vê no MC todo o seu sonho de consumo (aquele lá, que começou ainda cedo quando a criança clamava por um Mc Lanche Feliz): as marcas, os carros e as mulheres, criando assim um sonho de ascensão a todo custo. Mas esse sonho custa caro, e muito caro. Ao concluirmos que o processo educacional que se desenvolveu no Brasil foi o de universalização, percebemos que ele encontrou drásticas falhas, sobretudo, no ensino público. A escola mostrou-se desinteressante e não oferecia mais garantias de ascensão e participação socioeconômica numa era controlada pelo capital, tudo isso aliado à dificuldade que a maioria das famílias de periferias encontram, de muitos filhos por casal e falta de políticas públicas, cria um conflito dentro do próprio jovem que quer consumir mas não enxerga vias para essa realização. A exorbitância consumista pode até abrir portas para um mundo muito mais difícil de sair, a criminalidade.
MC Gui, 14 anos, o prodígio do Funk Ostentação.
MC Gui, 14 anos, o prodígio do Funk Ostentação. Imagem: r7.com
Vamos cantar o TER
Parece ficar claro: o funk ostentação é uma resposta ao nosso estilo de vida. É uma resposta a esse modo de agir pensando em quando será lançado o próximo iPhone ou qual será a tendência na próxima coleção daquela marca que mal sabemos pronunciar o nome. Mas sabe por que ela incomoda? Porque essas camadas que antes estavam apagadas devido ao contraste urbano começam a aparecer mais, a brilhar mais que o seu Rolex. E tudo fica complicado e errado quando alguém lá do morro tenta invadir o camarote classe A – se autodenominando classe A.
Porém, mais triste que assistir a essa briga de classe que lembra os duelos de filmes de velho oeste, é assistir, de pista vip e tudo, o funk perder seu caráter rude, crítico e genuíno. Ver que um movimento que servia de integração, hoje começa a ser um segregador. É triste ver o funk ser domesticado pelo mercado e virar uma grande indústria cultural assim como aquela que você veste para se exibir.

Atualidades

Fome na África: Na Somália, problema atinge quase metade da população


Seca, guerras civis, restrições à ajuda humanitária e caos político resultaram numa crise de fome que afeta 12,5 milhões de pessoas que vivem na região conhecida como Chifre da África, que inclui DjibutiEtiópiaQuêniaSomália e Uganda. A epidemia de fome já é considerada a pior deste século.

Direto ao ponto: Ficha-resumo

A situação é mais grave na Somália, onde 29 mil crianças morreram nos últimos três meses – uma média de 300 por dia – e 640 mil estão subnutridas, podendo morrer nos próximos meses. Cerca de 3,2 milhões de somalianos (quase metade da população) dependem de doações de alimentos para sobreviver.

ONU (Organização das Nações Unidas) decretou crise de fome no país em 20 de julho. O estado de emergência é declarado quando a fome atinge 20% das famílias e o índice de subnutrição ultrapassa 30% da população infantil. Na região de Bay, uma das seis em estado crítico na Somália, a taxa de desnutrição entre crianças é de 58%, a mais alta no país.

Desde os anos 1980, foi a primeira vez que a ONU declarou crise de fome no continente africano. Todos os dias, centenas de pessoas partem de suas cidades em direção a acampamentos improvisados na capital, Mogadíscio, e nos arredores. As barracas já abrigam 400 mil somalianos.

Campos de refugiados mantidos pela ONU como o de Dadaab, na fronteira com o Quênia, tornaram-se refúgio para os exilados. O campo foi criado em 1991 para receber refugiados da guerra civil da Somália e hoje é o maior do mundo, com 440 mil pessoas. Desde o começo do ano, recebeu mais 170 mil refugiados por conta da fome, e o número aumenta a cada dia.

A estiagem no Chifre da África é a mais severa dos últimos 60 anos. A seca prejudicou a produção de alimentos, reduzida a um quarto do necessário para alimentar a população. Estudos apontam que o aquecimento global teria agravado o período de seca, comum nessa região africana.

Entretanto, as condições climáticas não são responsáveis pelas mortes na Somália. Organização política, técnicas de irrigação e doações poderiam ter evitado a tragédia. A guerra civil, em curso no país há duas décadas, impediu que tais medidas fossem adotadas a tempo.
 
Sem governo
A Somália não possui governo desde 1991, quando o regime de Siad Barre foi derrubado por milícias armadas, dando início a uma guerra civil. Um governo provisório foi instaurado em 2004, mas não foi reconhecido pelas milícias e nem pela própria população. O país é considerado um dos mais pobres e violentos de todo o mundo.

Dois anos depois, o grupo islâmico Al Shabab, filiado à Al Qaeda, passou a controlar a região sul, hoje a mais atingida pela fome. Os guerrilheiros impedem que os somalianos recebam mantimentos de agências, como a Cruz Vermelha Internacional, e que saiam de suas cidades de origem. A guerra também destruiu a infraestrutura do país, dificultando o acesso às áreas mais críticas.

Além dos conflitos, questões políticas impediram a chegada de parte das doações aos refugiados. O governo dos Estados Unidos, maior fonte de financiamento de agências humanitárias, teme que verbas sejam desviadas para facções islâmicas que mantém relações com a Al Qaeda.

O governo brasileiro anunciou o envio de quase 72,5 mil toneladas de alimentos à Somália, Etiópia e Quênia. O Brasil está entre os dez maiores doadores de fundos para os países africanos assolados pela fome.
Direto ao ponto

A pior seca dos últimos 60 anos e guerras civis causaram uma crise de fome que atinge 12,5 milhões de pessoas que vivem na região conhecida como “Chifre da África”, que inclui Djibuti, Etiópia, Quênia, Somália e Uganda.

A situação é mais grave na Somália, onde 29 mil crianças morreram de fome nos últimos três meses – uma média de 300 por dia – e 640 mil estão subnutridas. Cerca de 3,2 milhões de somalianos, quase metade da população, dependem de ajuda humanitária para sobreviver. O país é um dos mais pobres e violentos do mundo. A Somália não possui governo desde 1991, quando começou a guerra civil. O grupo islâmico Al Shabab, filiado à Al Qaeda, domina a região sul, a mais afetada pela fome. Os guerrilheiros impedem a saída dos somalianos e a entrega de doações por agências humanitárias.

Artes

A influência de Chorão para uma geração em cinco motivos

Morte do vocalista do Charlie Brown Jr. completa dois anos nesta sexta-feira

Há dois anos, Alexandre Magno Abrão foi encontrado morto em sua casa, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, após uma overdose de cocaína. Mais conhecido como Chorão, ele tinha 42 anos e era o líder do Charlie Brown Jr. – banda de rock que surgiu na década de 1990 e conquistou milhares de fãs com músicas influenciadas pelo skate e críticas à sociedade contemporânea. 

Apesar de algumas controvérsias, como desentendimentos com outros integrantes da banda e com o músico Marcelo Camelo, o cantor foi muito influente para uma geração que cresceu entre o final dos anos 1990 até metade dos anos 2000. Veja o porquê em cinco motivos:

Charlie Brown Jr. foi a atração que mais tocou no Planeta Atlântida
Relembre grandes sucessos de Chorão com a Charlie Brown Jr.
OPINIÃO: Charlie Brown Jr. é daquelas bandas que o sujeito gosta quando adolescente e, depois de crescido, nega com todas as forças


1. Frases

As letras de Chorão eram fontes inesgotáveis para perfis de Orkuts e status de MSN. Quem nunca viu um depoimento com trecho de Ela Vai Voltar? "Ela é daquelas que tu gosta na primeira, se apaixona na segunda e perde a linha na terceira". E quando um namoro terminava: "Só o que é bom dura tempo o bastante para se tornar inesquecível", de Vícios e Virtudes. Independente de qualificar a composição como boa ou ruim, é inegável que Chorão escreveu para e sobre uma geração.
2. Trilha de Malhação
De 1999 até 2005, os riffs da introdução de Te Levar anunciavam que Malhação estava começando. É impossível desassociar a música da atração da Globo. Deveria ser trilha vitalícia da novela.
3. Escreveu um filme
Chorão foi o responsável pelo roteiro de O Magnata, filme de 2007, que foi protagonizado por Paulo Vilhena. O longa retrata história de um rapaz mimado, rebelde, roqueiro e skatista, que comete erros e se apaixona. Parece até música do Charlie Brown Jr.
4. Canções para tocar no violão com os amigos

Gostando ou não, as músicas do Charlie Brown Jr. estão ao lado de Legião Urbana e Lulu Santos no Olimpo das canções tocadas em rodas de violão, seja pela ironia ou pela nostalgia. Zoio de Lua, Proibida Pra Mim e Lugar ao Sol são presenças constantes.
5. Skatista 

Chorão sempre foi um ativista pelo skate. Incluía essa paixão nas letras, nos clipes, nos shows e até chegou a construir sua própria pista. Consequentemente, skatistas se formaram ouvindo Charlie Brown Jr.

Artes

Introdução 

O dadaísmo foi um movimento artístico que surgiu na Europa (cidade suiça de Zurique) no ano de 1916. Possuía como característica principal a ruptura com as formas de arte tradicionais. Portanto, o dadaísmo foi um movimento com forte conteúdo anárquico. O próprio nome do movimento deriva de um termo inglês infantil: dadá (brinquedo, cavalo de pau). Daí, observa-se a falta de sentido e a quebra com o tradicional deste movimento.

Características principais do dadaísmo:

- Objetos comuns do cotidiano são apresentados de uma nova forma e dentro de um contexto artístico;

- Irreverência artística;

- Combate às formas de arte institucionalizadas;

- Crítica ao capitalismo e ao consumismo;

- Ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;

- Uso de vários formatos de expressão (objetos do cotidiano, sons, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc) na composição das obras de artes plásticas;

- Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos acontecimentos políticos do mundo.

Principais artistas dadaístas

- Tristan Tzara 
- Marcel Duchamp 
- Hans Arp 
- Julius Evola 
- Francis Picabia 
- Max Ernst 
- Man Ray 
- Raoul Hausmann 
- Guillaume Apollinaire 
- Hugo Ball 
- Johannes Baader 
- Arthur Cravan 
- Jean Crotti 
- George Grosz 
- Richard Huelsenbeck 
- Marcel Janco 
- Clement Pansaers 
- Hans Richter