terça-feira, 26 de maio de 2015

FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO - atualidades



2.1 FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO
O fundamentalismo religioso é um fenômeno caracterizado pela cultura e que pode nominalmente ser influenciada pela religião dos partidários. O termo pode também se referir especificamente à convicção de que algum texto ou preceito religioso considerado infalível, ainda que contrários ao entendimento de estudiosos modernos. Grupos fundamentalistas religiosos frequentemente rejeitam o termo por causa das suas conotações negativas ou porque insinua semelhança entre eles e outros grupos cujos procedimentos acham censuráveis.

2.1.3 ISLAMISMO
No islamismo, os fundamentalistas são chamados de jama'at, que em árabe significa enclaves religiosos com conotações de irmandade fechada, mantém relação com o Jihad na luta contra a cultura ocidental que suprime o Islam autêntico que implica submissão ao modo de vida, prescrito na (determinação divina) contida na Charia.
O islamismo é uma das três grandes religiões monoteístas, ao lado do cristianismo e do judaísmo. Com 1,2 bilhão de fiéis, é a segunda em número de adeptos e a que mais se expande. A fé sempre esteve associada à conquista de novos adeptos, daí sua notável expansão histórica. O avanço atual ocorre nos países pobres, onde já é dominante, e as altas taxas de natalidade funcionam como um impulso natural para o incremento. Além disso, o Islã é visto como único contraponto à visão ocidental. Sua doutrina conservadora - em relação aos padrões ocidentais - tem sido um atrativo para camadas desfavorecidas, porém, há também integrantes bem estabelecidos na sociedade.
Existem dois grandes movimentos interpretativos no islamismo:
 - Sunismo (sunitas) - seriam os mais moderados;
- Xiismo (xiitas) - seriam os mais radicais. Segundo algumas interpretações sociológicas, tem como princípio uma reação muito forte ao modelo político ocidental, que tenta penetrar nos estados árabes, muçulmanos.
Entre os muçulmanos, este tipo de manifestação apareceu somente no início do século XX. Os fundamentalistas lutam em geral pela independência política dos países islâmicos e contra a influência ocidental, em favor dos costumes primitivos e da aplicação rigorosa da lei islâmica. Ao mesmo tempo são indiferentes ao rico legado filosófico; artísticos; místicos do Islã medieval e de suas contribuições para toda a civilização ocidental. Há várias formas e povos fundamentalistas e, é óbvio, nem todo árabe é islâmico, nem todo islâmico é fundamentalista ou radical.
Isso não significa que todos os muçulmanos sejam terroristas ou violentos. Na verdade, esses são minorias nos âmbitos dos países islâmicos, também, não é a ampla maioria o que luta contra outros espaços religiosos. A religião em si não promove violência, mas sim a interpretação das pessoas, com suas subjetividades, características, psicologias, interesses políticos, culturais e sociológicos. Sempre há esse processo de tradução, que a implica subjetividade humana. Por sua vez, isso implica uma interpretação; daí a necessidade do cuidado e zelo nesses processos interpretativos.

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