domingo, 2 de agosto de 2015

Suprematismo
Suprematismo  é uma escola russa concebida no interior da arte abstrata pelo artista plástico Kazimir Malevich. Ele se baseia em figuras geométricas primordiais, o quadrado e o círculo. Este movimento é o primeiro desta esfera artística a integrar o Modernismo.
Ele nasceu em meados de 1913, mas foi teorizado somente em 1925, através do manifesto conhecido como Do Cubismo ao Futurismo ao Suprematismo: o Novo Realismo na Pintura, criado por Kazimir Malevich em parceria com o poeta Vladimir Maiakovski e lançado em 1915.
No ano em que o Suprematismo surgiu, Malevich revelou em público sua obra Quadrado preto sobre um fundo branco na exposição O Alvo, em Moscou. Esta escola é igualmente associada aos estudos empreendidos pelos vanguardistas russos em princípios do século XX, entre eles o raionismo de Mikhail Larionov e Natalia Goncharova, e o movimento construtivista de Vladimir Evgrafovic Tatlin.
Esta escola levanta a bandeira de uma produção artística sem nenhum vínculo com a práxis, e sim com o resultado visual da forma. Assim, a arte suprematista, que defende a superioridade das emoções genuínas, procura se desligar de qualquer esforço para mimetizar a natureza e também das ilusões formais, das preocupações naturalistas com a luz e a cor, típicas do Impressionismo, e com o objetivismo predominante no Cubismo.
O Suprematismo privilegia a essência da sensibilidade, sem se importar com o seu ambiente original. Seu criador insiste em uma espécie de realismo místico cultivado por sua fonte de inspiração, o matemático russo P.D. Ouspensky, o qual acredita haver, além da realidade tridimensional acessível aos sentidos do Homem, uma outra esfera, ou seja, uma quarta dimensão.
Cabe ao Suprematismo, portanto, simbolizar exatamente essa fração do real, este universo subjetivo, que consistiria em uma força espiritual de natureza abstrata, invisível aos olhos humanos, mas ainda assim muito concreta. Mas Malevitch, ainda assim, não compartilha da crença de Vassily Kandinsky na presença da realidade espiritual na arte, traduzindo o que se passa dentro do artista.
De 1915 em diante a arte suprematista e o construtivismo tornam-se os dois movimentos vanguardistas ligados ao ideal revolucionário russo conduzido por Mayakovsky, aprovado pelas autoridades oficiais da Rússia, especialmente representadas pelo comissário para a instrução governamental de Lênin, Lunacharsky.

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