quarta-feira, 15 de abril de 2015

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Giambologna: O rapto da Sabina, 1582.Florença, uma das mais conhecidas obras do Maneirismo
Desde o Renascimento a Itália se tornara o maior pólo de atração de artistas em toda a Europa, e no início do século XVI Roma, sede do Papado católico e capital dos Estados Pontifícios, se tornara o maior centro irradiador de influência artística, tendo a Igreja como o mais pródigo mecenas. Mas desde lá, tendo passado por invasões dramáticas, como a que culminou no Saque de Roma de 1527, e sofrendo com agitação interna, a Itália havia perdido muito prestígio e força, ainda que continuasse a ser a maior referência na cultura européia. A atmosfera otimista do Renascimento havia se desvanecido. Os progressos na filosofia, nas ciências e nas artes, o florescer do humanismo, não evitaram os ódios e guerras, e a fé no homem como imagem da Divindade e no mundo como um novo Éden em potencial - um moto recorrente no Renascimento - se deparava com o cinismo e a brutalidade da política, a vaidade do clero, a eterna opressão do povo, surgindo uma nova corrente cultural a que se deu o nome de Maneirismo - erudita, sofisticada, experimental, mas carregada de dúvidas e agitação, e dada a excentricidades e ao cultivo do bizarro.

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