quarta-feira, 15 de abril de 2015

Nascimento do Barroco
ARTE
 O nome “barroco” deriva da palavra espanhola barueco (que simbolizava uma pérola de forma irregular) e foi atribuído no final do século XVII a este estilo, contendo uma intenção pejorativa derivada ao facto de nessa altura este período ser ainda visto como a fase de decadência do Renascimento. Apenas nos inícios do século XX é que o barroco é devidamente reconhecido.
Este novo estilo artístico – o barroco – nasceu em Itália (Roma), a partir das experiências maneiristas de finais do século XVI e rapidamente se expandiu para outros países europeus, atingindo mais tarde as colónias espanholas e portuguesas da América Latina e da Ásia.
Ao contrário da simplicidade e serenidade do estilo renascentista, o barroco caracterizava-se pelo movimento, pelo dramatismo e pelo exagero. O barroco era uma arte espectacular e faustosa e, nas igrejas, atraía os fiéis, impressionando-os. Por isso foi denominado a arte da Contra-Reforma. No período da Reforma Católica desenvolveu-se a arte da talha na Península Ibérica, vindo a revelar-se uma das mais importantes expressões da Arte Barroca e um dos veículos privilegiados da transmissão dos princípios contra-reformistas. Atraindo o crente, de forma subliminar, levava-o a aceitar as directrizes da Igreja. A arte da talha é um produto de ensambladores, de douradores, de desenhadores e imaginários, presente em toda a arte sacra do período barroco.
          

Características gerais do barroco
 Apesar das diferentes interpretações que se verificaram nos diferentes países e regiões, determinadas por diferentes contextos políticos, religiosos e culturais, este estilo apresentou algumas características comuns, como:
Ø   a tendência para a representação realista;
Ø   a procura do movimento e do infinito;
Ø   a tentativa de integração das diferentes disciplinas artísticas;
Ø   emocional sobre o racional: o seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio;
Ø   busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;
Ø   violentos contrastes de luz e sombra;
          

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